terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Construtora Promete Erguer Arena Mesmo Sem Ajuda Do BNDES

A reunião da noite desta segunda-feira, no Conselho Deliberativo do Grêmio, serviu para aprovar o orçamento do clube para 2010 e também para discutir a construção da Arena. Representantes da OAS, construtora encarregada de erguer o estádio, expuseram o projeto aos conselheiros. Parte deles, encabeçados pelo grupo Grêmio Acima de Tudo, é contrário a pontos do planejamento e até à própria ideia de trocar o Olímpico por uma casa nova.

A empreitera garante que construirá a Arena mesmo sem dinheiro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A empresa pretende bancar 55% dos custos de construção com recursos próprios. O restante virá de financiamentos, que podem ser feitos via bancos privados.

Os representantes da construtora deixaram a reunião sem falar com a imprensa. O presidente do Grêmio, Duda Kroeff, se mostra animado com o projeto. Em 20 anos, todos os lucros serão do clube. Até lá, serão repartidos.

- Foi o que eles nos prometeram em uma reunião excelente. Tudo está mantido, para o bem do Grêmio – disse o mandatário tricolor.

Opositores ao projeto da Arena reclamam de questões como o acesso dos antigos sócios ao novo estádio. No Olímpico, eles não precisam comprar ingresso. O clube promete resolver todas as pendências até a inauguração do local, prevista para 2012.

Fonte: Zero Hora

Manifestação Contra Arena Tricolor Não Ocorre

Durante a semana, alguns associados ligados ao Movimento Grêmio Acima de Tudo prometeram realizar uma manifestação contra a construção da Arena, no Bairro Humaitá, na zona norte de Porto Alegre. O protesto seria nesta segunda-feira, antes da reunião do conselho deliberativo do clube, que irá tratar do projeto para o novo estádio.

No fim, nenhum sócio apareceu para dar um abraço simbólico no Estádio Olímpico, como estava sendo anunciado

Fonte: ClicRBS
 
Teve mais gente no futebol organizado pela comunidade Grêmio Arena nos campos do Humaitá do que gremistas "revoltados" abraçando o Estádio Olímpico.
 
Aonde estão os torcedores que acham o contrato ARENA OAS ruim para o clube? Aonde está aquela grande maioria, que no programa Conversas Cruzadas obteve mais de 61% de um total de 1.600 ligações?
 
Não adianta!! Enquanto a maioria trabalha silenciosamente em prol do bem do clube, a minoria barulhenta grita, esperneia, berra aos quatro ventos que o apocalipse se aproxima. E o pior é que, para estes, a imprensa teima em dar espaço.
 
A pedido de um amigo meu, farei algumas considerações a respeito do parecer do advogado Gladimir Chiele. Em breve serão publicadas.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Um Jogo Histórico



No último domingo, dia 20/12/2009, membros da comunidade Grêmio Arena se reuniram no terreno onde será construída a arena para a realização de uma partida histórica. Foi o último jogo naqueles campos antes do início das obras.






Após o apito final, os olhares de todos se perdiam no terreno imenso. Com um sorriso estampado no rosto, deixamos que a nossa imaginação criasse uma série de imagens do futuro tricolor, um futuro promissor, de um clube ainda mais forte.

Ao mesmo tempo, uma pontinha de tristeza se misturava a esta alegria, pelo fato de precisarmos dar adeus a nossa velha casa, palco das nossas maiores conquistas, das nossas maiores alegrias, das nossas maiores glórias.

Por um breve instante sentimos uma emoção única, talvez parecida com a que foi sentida por aqueles que um dia decidiram levar o Grêmio da Baixada para o Estádio Olímpico, quando trocávamos um acanhado estádio para construir outro que, na época, seria o maior estádio privado do mundo.

Quase seis décadas depois, uma nova mudança se faz necessária. Sim, a palavra é exatamente esta: necessária.

Os tempos são outros. E o Grêmio precisa se adaptar. Ao contrário do que diz o Dr. Hélio Dourado, maior presidente da história do nosso clube, o suicídio do Grêmio como clube, como instituição, não é sair do Estádio Olímpico. É permanecer.

O Olímpico é um símbolo para a torcida tricolor. É o nosso Coliseu, onde onze jogadores, ao pisarem naquele gramado vestindo o manto sagrado tricolor, tornam-se guerreiros.

Mas é preciso entender que a força do Grêmio não é o Olímpico. O seu coração, a sua alma, não é o concreto das arquibancadas. Este pode ter o seu valor de mercado avaliado, pode ser precificado. Mas a maior riqueza deste clube é imensurável: a paixão do seu torcedor.

Se o Olímpico tem hoje o poder que tem, não é por causa da sua estrutura, do número de vagas de estacionamento, do tamanho de sua área, da sua localização. É por causa da sua torcida. A melhor torcida do país, que com seus cânticos e bandeiras tornam o Grêmio uma equipe praticamente imbatível em seus domínios.

E a esmagadora maioria desta torcida sabe que, apesar de ser dolorido, de ferir a alma, o melhor a fazer é deixar o Olímpico nas nossas lembranças e olhar para frente.

Não tenho dúvidas de que vou chorar quando o Olímpico vier abaixo. Será difícil conter as lágrimas. Assim como não tenho dúvidas de que estas lágrimas que naquele momento serão de tristeza, de nostalgia, darão lugar a lágrimas de alegria quando eu, pela primeira vez, adentrar no melhor estádio deste continente: a Arena do Grêmio.