sexta-feira, 17 de julho de 2009

Apresentação, Esclarecimentos e Manifestações - I

"Caro leitor deste blog, com a autorização do Giuliano, pretendo, como o título sugere, fazer a minha apresentação, alguns esclarecimentos e muitas manifestações. Vamos a eles.

No dia de ontem (15/07/2009), ao ler a réplica do ex-conselheiro Marco Antônio Souza, redigi um breve texto de esclarecimento ao Wianey que achou por bem não publicar. Não questiono as suas razões, mas faço uso deste espaço para o sagrado direito de resposta.

O ex-conselheiro Marco Antônio de Souza tem razão quando afirma que não me conhece e que eu não o conheço, aliás, dele sei somente que é irmão de ex-ministro e filho de um grande ex-presidente do clube, Dr. Renato Souza, que conduziu o Grêmio nos anos gloriosos da década de 60. Portanto farei a minha breve apresentação. Sou um mero sócio e torcedor assim como também o era o meu pai. Não possuo relevantes serviços ao clube e minha participação é anônima como a maioria dos torcedores contemporâneos a mim. Tenho como maior presidente do clube o Dr. Hélio Dourado (quem me acompanha na comunidade do Orkut sabe o quanto já o defendi) e atendendo aos seus apelos ajudei a concluir o Olímpico, nosso orgulho. Entendo o apreço e o carinho do ex-presidente, pois é difícil abrir mão de algo tão belo e caro para todos nós.

Assim como o ex-conselheiro, carrego uma paixão desenfreada pelo Grêmio, construída e levada pela mão de meu pai, que deve ter sentido a mesma emoção que sinto hoje, quando saiu da velha baixada para o Olímpico. Não tenho fama, patrimônio ou dinheiro e tenho somente o meu espírito que move a minha paixão, assim como de milhões pelo mundo afora que torce pelo Grêmio. Entusiasta da Arena, procurei de todas as formas me informar de tudo o que diz respeito a ela, acompanho desde 2007 os seus passos e por ela travei - e ainda travo - os mais calorosos debates. Mais de mim não falarei. Isto basta.

Ao ex-conselheiro Marco Antônio Souza, faço alguns esclarecimentos. Entende ele que o ofendi. Gostaria que ele soubesse que não possuo a eloqüência de um advogado e que em nenhum momento busquei o ataque pessoal, mas o enfrentamento duro de suas afirmações e posicionamentos. Não poderia eu fazer ataques a ele por realmente não o conhecer, o que seria leviano da minha parte. Quando escrevi “destituindo de seriedade o autor da frase” fiz a referência de que sua afirmação “uma simples aquisição de um estádio pronto” era uma afirmação simplista e sem valor epistemológico.

Também julguei destituída de seriedade as afirmações feitas na tentativa de estabelecer o risco e prever um iminente fracasso financeiro da Arena. Em nenhum momento da minha manifestação afirmei ser o ex-conselheiro o causador das dívidas que oneram o Olímpico, disse tão somente que elas existem independentemente da Arena, devem ser pagas e não podem ser objeto de calote, dando resposta a sua afirmação de que tal desoneração provocaria uma perda de recursos no futebol, como se isso fosse culpa da construção do novo estádio.

Sei que o ex-conselheiro Marco Antônio Souza não é contador, portanto usei esta expressão genericamente na tentativa de mostrar que cálculos e pareceres profissionais não podem ser relevados a meros achismos. A expressão “mãe Diná” é por demais conhecida, sendo utilizada para designar quem exercita a futurologia, coisa que acho que ex-conselheiro fez quando afirmou que por causa da Arena perderíamos jovens promessas, verbas seriam comprometidas e dirigentes seriam presos.

Desculpe-me, ex-conselheiro, achei leviana a sua analogia com o caso ISL, isso explicarei mais adiante, mas peço ao ex-conselheiro que não se sinta ofendido com esta opinião, assim como não me ofendi com a sua insinuação de que sou um analfabeto (“Em todos os casos o que se observa é que não precisa ser mãe Diná, basta saber ler”, escreveu o ex-conselheiro).

Já citei a epistemologia antes, que trata do conhecimento verdadeiro. Sua simples fórmula CVJ, ou seja, Conhecimento Verdadeiro Justificado, permite aferir se um determinado conhecimento (opinião ou crença) é verdadeiro e possui justificativas. Julguei ser uma falácia ou sofisma sua colocação sobre as unanimidades ou sobre os pareceres das comissões, por se tratar, em minha opinião, de uma crença sem uma boa justificativa para se tornar verdadeira. Portanto não confunda a falácia como uma mentira.

Por fim, a questão dos interesses. Falo por mim mesmo. Moro muito perto do Olímpico e teria todo o interesse natural de que o Grêmio permanecesse com ele por uma questão de praticidade e deslocamento. Os muitos interesses de que citei são desta ordem, de caráter de apego ao velho estádio, sentimental, praticidade, etc. Até um posto de gasolina teria que sair do terreno, também seus donos têm interesse de que o Olímpico permaneça como o estádio do Grêmio. É público o notório a posição política do movimento Grêmio Acima de Tudo em relação ao Olímpico, na figura primeira do grande ex-presidente Hélio Dourado, legítima por ser o responsável da conclusão do estádio e sua transformação em monumental.

Bom, estes são os esclarecimentos que precisavam ser feitos, se minhas palavras anteriores foram traduzidas como ofensivas, atribuo mais uma vez à minha falta de eloqüência e condição de quase analfabeto.

Por fim, desculpe-me o ex-conselheiro Marco Antônio Souza, por não saber desta condição, fui induzido ao erro pelo próprio Wianey que o nominou como conselheiro. Como já falei antes, sou um mero torcedor e sócio, não transito no conselho e não procuro o nome de todos eles.

Nas minhas próximas manifestações, farei considerações ponto a ponto da réplica do ex-conselheiro Marco Antônio Souza."