O sonho é antigo entre o empresariado de Porto Alegre, e a demanda é urgente no setor. Mas somente agora a implementação de um grande centro de convenções com capacidade para 10 mil pessoas surge como uma luz no fim do túnel - evitando que a Capital fique para trás, em comparação a outros municípios gaúchos, como Gramado e Bento Gonçalves.
“É na Serra que têm ocorrido os grandes eventos, pois lá existem espaços adequados. E Porto Alegre acaba sendo uma cidade de passagem”, argumenta o coordenador da Divisão de Serviços da Federasul, Carlos Biedermann.
Devido à carência de um local apropriado para consolidar a Capital como referencial em serviços, foi criado um grupo de estudo de viabilidade - envolvendo seis entidades e uma empresa privada - para a criação do que será o maior centro de convenções da cidade. A ideia é fazer de Porto Alegre um polo de turismo de negócios e eventos. De acordo com o vice-presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Porto Alegre (Sindpoa), Ricardo Ritter, todas as entidades envolvidas com o planejamento já possuíam projetos semelhantes. “A Fiergs, por exemplo, tem centro de eventos para cinco mil pessoas e planeja ampliá-lo. Uma das opções que temos seria usar este espaço”, explica.
Entre as possibilidades, Ritter cita a área adquirida pela Fecomércio-RS, localizada entre a Ceasa e a freeway, e outra, da Infraero, junto ao Aeroporto Internacional Salgado Filho. Mas a alternativa com mais chance de vingar seria o complexo Arena do Grêmio, projeto que está nas mãos da OAS Empreendimentos, e para o qual existe área definida para sediar o centro de convenções.
“A localização será na zona Norte, que além de concentrar grandes áreas disponíveis, é próxima das entradas sul e norte da cidade, além de estar praticamente ao lado do aeroporto”, resume o dirigente. Além disso, ressalta que naquela região está sendo implementada uma rede hoteleira, fator importante no projeto. O desafio das entidades que planejam o espaço será, após definida a localização, em janeiro de 2011, erguer recursos para o início da obra. O investimento, por volta de R$ 100 milhões, será pleiteado junto à iniciativa privada. “Vamos buscar condições de incentivo para encorajar os investidores, através de Parcerias Público-Privadas (PPP) ou de obras incentivadas através de isenções de tributos”, adianta Ritter.
O centro de convenções será projetado para funcionar em módulos – um para a capacidade total; três que comportem duas mil pessoas, ou dois para eventos com cinco mil participantes. A infraestrutura ocupará espaço de 30 mil metros quadrados, conjugando centro de convenções de 14 mil metros quadrados. Ali, funcionarão salão de exposição, salas de reuniões, auditório, foyer e espaço de gastronomia. Para que seja edificada estrutura com estacionamento, e talvez até um hotel de apoio, a área do terreno deve ser de 100 mil metros quadrados. A ideia é erguer o prédio até 2013.
Fonte: Jornal Do Comércio
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